terça-feira, 30 de março de 2010

Entenda as causas da obesidade e veja como tratar a doença.




da Folha Online

A obesidade é um estado físico em que a pessoa tem peso acima do que se espera para sua constituição musculoesquelética e seu sexo. Além do peso maior, os indivíduos obesos apresentam quantidade de gordura superior à considerada normal.
Como saber se ocorre maior acúmulo de gordura? E como saber se há obesidade?
O referencial mais aceito hoje pela comunidade científica é o cálculo do índice de massa corpórea (IMC). Ele corresponde ao peso da pessoa, em quilos, dividido por sua altura, em metros, elevada ao quadrado:

IMC = peso (em kg) / altura 2 (em metros)

Quando o resultado dessa divisão fica entre 19 e 25, diz-se que o indivíduo é normal. Entre 26 e 30, diz-se que há sobrepeso e, acima de 30, obesidade. É internacionalmente aceito que pessoas com IMC maior que 39 são obesas graves, ou obesas mórbidas.

Já em 1985, uma reunião do NIH (National Institute of Health, órgão nos EUA equivalente ao Ministério da Saúde) concluiu, com base nesses dados epidemiológicos, que a obesidade é uma doença que influi adversamente na incidência de doenças graves, reduzindo a qualidade de vida e a própria longevidade. Isso porque um IMC acima de 30 aumenta a probabilidade de ocorrerem distúrbios como o diabetes, a hipertensão, os acidentes vasculares cerebrais, o infarto e outras doenças sistêmicas.

Assim, se alguém atingiu um IMC de 30, cuidado! Problemas sérios estão à vista, requerendo mudanças de estilo de vida. O assunto é sério.

Desde 1991, a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera a obesidade uma doença, com dimensões assustadoras, sendo tão preocupante quanto a desnutrição. Nos EUA, cerca de 65% dos adultos têm excesso de peso; no Brasil, cerca de 40%. É mais aterrorizante ainda saber que, segundo o relatório de 1997 da OMS, aproximadamente 24% dos adultos do mundo têm IMC maior que 30 e que os índices de "gordura" populacional vêm aumentando em ritmo acelerado.

A importância da obesidade é tal que, em 2001, publicou-se que a mortalidade secundária ao excesso de peso é a segunda causa de morte evitável nos EUA, perdendo apenas para os óbitos por traumatismo (resultante de acidentes de trânsito, por exemplo). No ano de 2004, a Organização Mundial de Saúde define a obesidade como "doença do milênio". Ela já é tida como primeira causa de morte evitável no mundo.

Hoje, na era da informação, é crucial aprender a abordar o assunto e expor aos obesos os caminhos possíveis. O primeiro é aceitar a obesidade e suas complicações, convivendo conscientemente com o problema e suas conseqüências. O segundo é atacá-la com todas as armas disponíveis no arsenal médico. Então, após a opção consciente do tratamento, haverá um aumento claro da sobrevida, com a modificação do estilo de vida, dos hábitos alimentares, da atividade física e do relacionamento com o mundo. A obesidade não é apenas problema de personalidade, mas é fundamental ter personalidade suficiente para fugir da armadilha imposta por ela. 

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