terça-feira, 30 de março de 2010

Metade dos nascidos hoje em países ricos chegará aos 100 anos, diz estudo




da BBC Brasil

Mais de metade das crianças nascidas em países ricos desde o ano 2000 chegará aos cem anos, caso a tendência de aumento da expectativa de vida atual continue, segundo um estudo publicado na revista científica Lancet.

A pesquisa, do Centro de Pesquisa sobre o Envelhecimento da University of South Denmark, analisou dados de 30 países que mostram que a expectativa de vida vem crescendo desde 1840 e que não há sinais de interrupção na tendência.

De acordo com o estudo, em 1950, a probabilidade de se viver até os 80 ou 90 anos era de 15% para mulheres e de 12% para homens. Em 2002, esses valores aumentaram para 37% e 25%, respectivamente.

"Se a expectativa de vida estivesse chegando a um limite, alguma desaceleração do progresso provavelmente ocorreria", disse Kaare Christensen, que liderou o estudo.

Mais e melhor

Os dados levantados pelos pesquisadores sugerem ainda que, além de viver mais, também se viverá melhor, com menos problemas físicos e limitações.

De acordo com o estudo, entre 30% e 40% das pessoas que vivem dos 92 aos cem anos são independentes.

Uma pesquisa com pessoas com idades entre 110 e 119 anos indicou que, mesmo na idade avançada, 40% eram independentes ou precisavam de pouca ajuda para realizar atividades como comer, tomar banho, trocar de roupas, entre outras.

Segundo Christensen, há uma tendência de adiamento nas limitações e deficiências físicas causadas por saúde precária, apesar do aumento no número de doenças crônicas.

O pesquisador afirma que isso se deve, principalmente, aos diagnósticos precoces e tratamentos aprimorados, que reduzem o impacto de algumas doenças.

O presidente da Faculdade de Saúde Pública da Grã-Bretanha, Alan Maryon-Davis, afirmou que os resultados ressaltam a importância da prevenção.

"Você pode questionar as previsões, mas o que importa é que a prevenção realmente é melhor do que a cura", disse.

"Não estamos adicionando anos às nossas vidas, mas, sim, vidas aos nossos anos", afirmou Maryon-Davis

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